Pai presente


26.9.13

 


Papel abençoado e desafiador. 

Considero estas práticas essenciais nessa interação:                                       

  - Use o “coração” e também a “razão”.

  - Doe-se, sem se perder.

  - Se permita chorar, mas se necessário “engula o choro”.

  - Diga com alegria o “sim”, e com determinação o “não”.

  - Você não tem que ser falante, mas tenha voz.

  - Além de trazer a oportuna disciplina; fale com clareza sobre as consequências das escolhas.

  -  Pratique o silêncio, quando se faz necessário ouvir.

  - Seja articulado. Conheça os “compassos” de hoje, mas não perca suas próprias “melodias”, (princípios, valores, crenças).

  - Invista na convivência; administre sabiamente seu tempo, para não perdê-lo.

  - Cultive a esperança, ministre-a com ternura.

  - Seja coerente.

   - Desenvolva a fé.

Trago, com permissão, a intimidade de uma carta de um dos meus filhos ao pai, na ocasião do seu aniversário. Esse filho estava com 23 anos, solteiro, estudando nos EUA: 

“Pai, nem sei por onde começar, então retorno à fazenda, onde guardo minhas primeiras fortes lembranças.

Tudo tinha sentido se eu estivesse andando atrás de você, o passo era apressado, e quando conseguia te alcançar, grudava na sua mão, porque ali era o lugar mais seguro do mundo. Queria aprender tudo, te imitar, você era meu modelo.

Impressionante ver você se mover lá, um vigor enorme, e um coração ainda maior; com simplicidade e humildade ajudava todos ao seu redor, fazendo tudo que estivesse ao seu alcance, não importava a quem.

Muito obrigado por sua sensatez e sabedoria. Não tinha ideia de quão valiosa era cada palmada. Os limites que você impôs, e permaneceu firme neles, foram chaves. 

Agradeço também por cada grito que você soltou me proibindo descer do cavalo, falando que quem mandava no cavalo era eu, me ensinando a enfrentar meus maiores medos com força e garra. 

Cada minuto perto de você aprendi, e ainda aprendo, as coisas mais importantes desta vida.

Compreendi como é ser servo de Deus, pois desde muito pequeno te vi servindo ao Senhor com seu tempo, recursos, oração e amor. 

Em você tive a referencia de um bom marido, de como se tratar uma mulher; cheio de respeito e amor pela minha mãe, sempre atento, preocupado com o bem estar dela. Recordo-me das cestas de páscoa gigantes que você comprava, repletas de chocolate e lotadas de amor, sempre em função do seu sorriso.

A forma em que cuidou dos meus avós me ensinou a ser um bom filho, pois os amou, honrou e os respeitou até o fim. Tenha certeza que com isso aprendi também amar, honrar e respeitar você e minha mãe, que são as grandes prioridades da minha vida.

Pai, tenho inúmeras razões para te agradecer, e infinitas a Deus, em relação à sua vida e por fazer parte dela. Mas o maior de todos os presentes, e herança, que você e minha mãe poderiam deixar a nós, seus filhos, já deixaram, é ter nos criado à sombra do que mais tem valor, a Palavra de vida eterna, que marcou sua vida, a minha, e nos uniu em um laço que vai além de pai e filho, nos fez irmãos em Cristo.

Obrigado por ser quem você é; por todo esforço e amor dedicado a nós. Seus ensinamentos de integridade, honestidade e caráter não vão se limitar a mim, também irei ensiná-los a meus filhos e netos. Te amo muito e sempre.”

Com esse texto/carta quero lançar aos pais esperança e alegria na semeadura.

“Ensina a criança no caminho que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” Pv 22:6

 

Paz!

 

Imagem retirada de: imagensface.com.br

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