Ciúmes


26.9.13



Levantei o assunto "ciúmes" em uma roda de amigos, rendeu confissões, apelos... "tanto pano pra manga", que resolvi trazer aqui o tema.
Firmado na insegurança, desconfiança, ou até na inveja, vem repleto de sofrimento!
O psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Eduardo Ferreira Santos, há 18 anos investiga e desenvolve esse tema, busquei pinceladas de seu livro: “Ciúme, o lado amargo do amor.”
A palavra “ciúme” tem origem no latim "zulumen", que por sua vez vem do grego zelus; no original significaria zelo, cuidado; por isso se brinca: “Não é ciúme, mas excesso de zelo”, mas é claro que não se trata da mesma coisa. Zelar significa querer bem, cuidar do outro! Quando nos referimos a um ciúme excessivo e doentio, será que a pessoa ciumenta cuida bem do outro? É evidente que não! Lembrando que a base do ciúme é a suspeita, e que a raiva sempre aparece nessa situação... à medida que o ciume evolui pior ficará o tratamento.
O amor, na sua verdadeira acepção, é altruísta e o ciúme é egoísta.
Com o desenvolver da relação, criamos laços, sonhos, projetos em comum, daí surge o “nós”, (que é a soma de eu e você); isso sim traz o sentido do amor, e não uma relação simbiótica em que se dê a posse recíproca do casal, onde um passa a viver em função do outro em estreita dependência.
O ciumento possui baixa autoestima, e não consegue perceber seu real valor; julga-se alguém “traível” e “abandonável”.
Eduardo relata que em seus trabalhos sempre surge a pergunta: “Não é natural o ser humano sentir ciúmes pelo medo de perder a pessoa amada”? Sim, responde que é um medo normal, afinal sabemos que nenhuma relação é 100% segura; no entanto sugere que o caminho para aplacar essa ansiedade de perder, seria procurar melhorar a relação, alicerçá-la.
Cuidado para que, na ânsia de não perder o outro, você o sufoque, se anule ou seja falso; é impossível conservar uma relação afetiva não sendo autentico. Respeito e reconhecimento da individualidade são imprescindíveis.
Retornando na simbiose, o exagero da dependência não é saudável e deve ser evitada, mas não se deve cair no outro extremo, que é a busca impossível de autonomia absoluta. Posso ter plenamente desenvolvida as funções de ego, mas sempre será melhor viver ao lado de quem possa ampliar meu eu e juntos celebrarmos uma amistosa reciprocidade de admiração e respeito.

Concluo com a revelação e instrução maior sobre o amor: “Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.” 1 Coríntios 13:4 e 5

 Paz!

Imagem retirada de: bolsademulher.com

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