Levantei
o assunto "ciúmes" em uma roda de amigos, rendeu confissões, apelos... "tanto pano pra manga", que resolvi trazer aqui o tema.
Firmado
na insegurança, desconfiança, ou até na inveja, vem repleto de sofrimento!
O psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Eduardo Ferreira Santos, há 18 anos investiga e desenvolve esse tema, busquei pinceladas de seu livro: “Ciúme, o lado amargo do amor.”
A
palavra “ciúme” tem origem no latim "zulumen", que por sua vez vem do
grego zelus; no original significaria zelo, cuidado; por isso se brinca: “Não é
ciúme, mas excesso de zelo”, mas é claro que não se trata da mesma coisa. Zelar
significa querer bem, cuidar do outro! Quando nos referimos a um ciúme excessivo
e doentio, será que a pessoa ciumenta cuida bem do outro? É evidente que não!
Lembrando que a base do ciúme é a suspeita, e que a raiva sempre aparece nessa
situação... à medida que o ciume evolui pior ficará o tratamento.
O
amor, na sua verdadeira acepção, é altruísta e o ciúme é egoísta.
Com
o desenvolver da relação, criamos laços, sonhos, projetos em comum, daí surge o
“nós”, (que é a soma de eu e você); isso sim traz o sentido do amor, e não uma
relação simbiótica em que se dê a posse recíproca do casal, onde um passa a
viver em função do outro em estreita dependência.
O
ciumento possui baixa autoestima, e não consegue perceber seu real valor;
julga-se alguém “traível” e “abandonável”.
Eduardo
relata que em seus trabalhos sempre surge a pergunta: “Não é natural o ser
humano sentir ciúmes pelo medo de perder a pessoa amada”? Sim, responde que é
um medo normal, afinal sabemos que nenhuma relação é 100% segura; no entanto
sugere que o caminho para aplacar essa ansiedade de perder, seria procurar
melhorar a relação, alicerçá-la.
Cuidado
para que, na ânsia de não perder o outro, você o sufoque, se anule ou seja falso; é
impossível conservar uma relação afetiva não sendo autentico. Respeito e
reconhecimento da individualidade são imprescindíveis.
Retornando
na simbiose, o exagero da dependência não é saudável e deve ser evitada, mas
não se deve cair no outro extremo, que é a busca impossível de autonomia
absoluta. Posso ter plenamente desenvolvida as funções de ego, mas sempre será
melhor viver ao lado de quem possa ampliar meu eu e juntos celebrarmos uma
amistosa reciprocidade de admiração e respeito.
Concluo
com a revelação e instrução maior sobre o amor: “Quem ama é paciente e bondoso.
Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro
nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.” 1 Coríntios 13:4 e 5
Paz!
Imagem retirada de:
bolsademulher.com
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