Conversas vem e vão, e em tantos percebo o despreparo para as transitoriedades! Mudanças são inevitáveis, são protocolos de passagem próprias do ser, onde, inclusive, os atalhos nem são bem vindos.
Inúmeras
vezes nos encolhemos aflitos, como que ultrajados por uma vida madrasta que
conspirou traiçoeiramente contra nós, como algozes que nos fizeram prisioneiros em porões... entretanto se trata apenas do ir e vir da existência.
Lulu
Santos em "Como uma onda" canta: “Tudo passa, tudo sempre passará, a
vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito”.
Nas
minhas escutas ouço:
_ ”Não estou preparada pros
meus filhos saírem de casa”!
_ ”Meu filho casou, mas
precisa continuar vindo nas manhãs tomar café comigo”!
_ “Não vou me manter de pé
se meu parceiro me deixar ou morrer antes de mim”!
_ ”Já perdi minha mãe, acho
que não sobrevivo se meu pai também for”!
Essas
e outras questões surgem no consultório como fatalidades, no entanto, são tão
naturais que precisam ser esperadas... comparo com o fascínio de uma gestação
completa que não se pode conter; os frutos que certamente serão colhidos na
estação; a convicção de que o sol voltará a nascer
amanhã.
Não há nada de novo, o ciclo segue... nascimento, infância, adolescência, juventude, adultos, casais jovens, netos, aposentadoria, doenças, morte...
Não há nada de novo, o ciclo segue... nascimento, infância, adolescência, juventude, adultos, casais jovens, netos, aposentadoria, doenças, morte...
Assim, se faz necessário,
além da prontidão para as esperadas transições, abraçar e acolher sem nostalgias o agora, mesmo que carregado de
névoas e desafios.
Salomão
com toda simplicidade e sabedoria escreve:
"Tudo tem o seu tempo
determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu". Eclesiastes
3:1
Paz !
Imagem retirada de:
valedaspalavras.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário