Entre nós


1.5.20



Meu aniversário aconteceu há poucos dias.

Em razão da quarentena fizemos apenas entre nós, em casa mesmo.

Não podíamos esquecer de alterar os modos: sem abraços, sem beijos, aproximações evitadas, precisava ser assim; mas o amor saltava aos olhos.

Filhos e noras se juntaram ao redor da mesa, o intuito era que ficasse refinada e elegante; buscaram cristais, talheres, utensílios combinantes, finos.

Finalmente, mesa posta, a meu ver um encanto. Aí então foram se arrumar. Marcamos hora pra começar.

Fui ao piano cantarolar, enquanto iam comparecendo. Pronto, chegaram todos, arrumados, perfumados.

Iniciamos. A alegria nos rondava, era quase palpável.

Duas vezes juntamos as taças brindando a vida. Dádiva do alto.

Claro que pedi a palavra, precisava contar, mesmo com a voz embargada, da imensa gratidão a Deus por seu amor e cuidado pra conosco.

Conversamos, oramos, choramos, rimos, comemos. Instantes preciosos.

Comida perfeita, vinho selecionado, a sobremesa? Indescritível!!

E assim tecemos a noite, com todo esse desfrute; podia não terminar.

Obrigada Marcelo, meu amor, filhos e noras, por me cercarem com tantos caprichos.

Encerro com esse cântico, ele me traduz: "Não tenho palavras pra agradecer tua bondade, dia após dia me cercas com fidelidade; nunca me deixes esquecer que tudo que tenho, tudo que sou, e o que vier a ser, vem de ti Senhor. Dependo de ti, preciso de ti, sozinho nada posso fazer; descanso em ti, espero em ti, sozinho nada posso fazer."

 

           Paz.