Meu aniversário aconteceu há poucos dias.
Em razão da quarentena fizemos apenas entre nós, em
casa mesmo.
Não podíamos esquecer de alterar os modos: sem abraços,
sem beijos, aproximações evitadas, precisava ser assim; mas o amor saltava aos
olhos.
Filhos
e noras se juntaram ao redor da mesa, o intuito era que ficasse refinada e
elegante; buscaram cristais, talheres, utensílios combinantes, finos.
Finalmente, mesa posta, a meu ver um encanto. Aí então
foram se arrumar. Marcamos hora pra começar.
Fui ao piano cantarolar, enquanto iam
comparecendo. Pronto, chegaram todos, arrumados, perfumados.
Iniciamos. A alegria nos rondava, era quase
palpável.
Duas vezes juntamos as taças brindando a vida.
Dádiva do alto.
Claro que pedi a palavra, precisava contar, mesmo
com a voz embargada, da imensa gratidão a Deus por seu amor e cuidado pra conosco.
Conversamos, oramos, choramos, rimos, comemos.
Instantes preciosos.
Comida perfeita, vinho selecionado, a sobremesa?
Indescritível!!
E assim tecemos a noite, com todo esse desfrute;
podia não terminar.
Obrigada Marcelo, meu amor, filhos e noras, por me
cercarem com tantos caprichos.
Encerro com esse cântico, ele me traduz: "Não
tenho palavras pra agradecer tua bondade, dia após dia me cercas com
fidelidade; nunca me deixes esquecer que tudo que tenho, tudo que sou, e o que
vier a ser, vem de ti Senhor. Dependo de ti, preciso de ti, sozinho nada posso
fazer; descanso em ti, espero em ti, sozinho nada posso fazer."
Paz.