Vitoriosos


29.9.13



Trago aqui pensamentos, sentimentos, castelos, baús... luzes que vêm surgindo.
Me importo com os caminhos e descaminhos de vocês, mesmo não os conhecendo.
Li esta semana no Mananciais do Deserto:
“Paganini, grande violinista do passado, certo dia, quando foi apresentar-se ao seu auditório, descobriu, logo após os aplausos iniciais, que havia algo errado com seu violino. Olhou-o por um momento, e viu que aquele não era o seu valioso instrumento. Sentiu-se, por um instante, paralisado, mas depois, voltando-se para o auditório, explicou o engano. Retirou-se por um momento, procurou-o atrás da cortina, no lugar onde provavelmente o teria deixado, mas percebeu que alguém o tinha roubado, deixando aquele outro no lugar. Ficou ali por uns instantes, depois, retornou ao auditório e disse: “Senhoras e senhores, vou mostrar-lhes que a música não está no instrumento, mas na alma.” Tocou como nunca dantes!  A música se derramou daquele instrumento de segunda mão, ao ponto de o auditório ficar arrebatado de entusiasmo, e os aplausos quase romperam o teto, pois aquele homem lhes havia mostrado que a música não estava no instrumento, mas em sua alma. É sua missão, amigo que esta sendo provado e testado, andar no palco deste mundo e revelar a toda terra e céu, que a música não esta nas circunstâncias, nem nas coisas, nem no que é exterior, mas na sua própria alma”.
Que nestas linhas e entrelinhas haja algo que possa ajudá-los nos maus momentos; torço que sigam, não só com a valentia que possuem, mas especialmente na força e milagres que em Deus estão ao alcance de vocês... porque pode transformar adversidades em vitórias!

Paz! 

Imagem retirada de: www.orkut.com

“Livra-nos do mal”


26.9.13

                                                              

          Comentei recentemente o “Pai Nosso” mirando a relação conjugal.
Hoje me debruço sobre a última súplica: "Livra-nos do mal".
_ Livra-nos não só do amor egoísta, onde as buscas e prazeres se restringem ao que é meu; mas também, e especialmente, à falta de amor próprio, quando só o outro importa... carregando uma identidade adormecida e sem aspirações.
_ Livra-nos não só do eu intolerante, “dono da verdade”, que se ocupa e investe em discórdias; mas também da apatia e omissão que cala e tudo consente! 
_ Livra-nos não só da avareza, amor excessivo ao dinheiro, que mesmo possuindo muito continua inconformado querendo sempre mais; essas pessoas, em geral, trazem desgastes e tristezas profundas, não conseguem gastar consigo, muito menos com o outro, são negligentes, insensíveis, perdem a solidariedade; mas também liberte-nos do consumismo desenfreado, onde a atração e o deslumbramento assumem o controle e convencem; que eu tenha a compreensão de que, se naquele momento não posso adquirir algo, que não me torne refém daquela cobiça, perdendo a condição de fazer escolhas.
_ Pai, surpreenda-nos... 
Que as provocações e discórdias, quer sejam por ciúmes, invejas ou  inseguranças, sejam transformadas em união, confiança e respeito; que sejamos encharcados de bondade, mutuamente guardiões dos sonhos um do outro. 
"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida". (Pv 4:23) 

            Paz!

Imagem retirada de: ens-jundiai.blogspot.com

Pai Nosso





             Estive em um casamento, lindíssimo, onde cantou-se o “Pai Nosso”, música de João Alexandre. Aqueles minutos pareciam mágicos, a emoção era visível e contagiante. Há tempos apresento essa oração, mas naquele fim de tarde a abracei diferente.
Compartilho os apelos que essa música/oração ressoou em mim.
Portanto, vós orareis assim:
_“Pai nosso”: Quando o chamamos de Pai, o olhar pro nosso cônjuge, a conexão, é que estamos em condições iguais, somos irmãos, merecemos o mesmo tratamento. Irmão respeita cuida, protege, sente a dor, dar o melhor de si, faz tudo pelo crescimento do outro.
_“Que estás nos céus”: É o Pai que está acima, aquele que tem o controle de todas as coisas; e porque não há nada que não possa fazer, devemos confiar, descansar.
_“Santificado seja o teu nome”: Que meu cônjuge veja o Senhor em mim, que a sua santidade se manifeste  em nossa vida, e que através de nós seu nome seja honrado.
_“Venha nós o teu reino”: Que seu reino, valores e justiça, se instale entre nós; que nossa prioridade seja buscar a sua face, para que a tua paz nos alcance.
_“Seja feita a tua vontade assim na terra como nos céus”: Que a sua vontade sempre prevaleça sobre a nossa.
_“O pão nosso de cada dia nos dá hoje”: Devemos rogar pela provisão de hoje, convictos de que o amanhã não nos pertence, e que nosso sustento não vem pela força do nosso braço, mas por sua misericórdia e favor. 
_“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”: Que Ele seja benevolente conosco porque temos sido entre nós e com quem nos tem ofendido; bem conhecemos nossas fraquezas, maldades e egoísmos.
_“E não nos deixe cair em tentação; mas livra-nos do mal“: Que Ele nos dê forças para não nos encantarmos pela tentação e soframos todo mal que essa queda nos trará.
Tenho compreendido que se essa oração que Jesus nos ensinou for mais que uma invocação, mas um modo de vida, seremos continuamente transformados e todas nossas relações experienciarão mudanças divinas.   

            Paz!

Imagem retirada de: veja.abril.com.br

Escolher perdoar





Comentei recentemente sobre sementes nocivas que, quando germinam, nos ferem profundamente, enfraquecem nossas relações e nos enclausuram.
Quero ressaltar também que raiva e ressentimento, são grandes inimigos que precisam ser tratados e vencidos.
No grego, a tradução da palavra "perdoar" significa literalmente remir, liberar ou cancelar. A maioria das pessoas não entendem que quem perdoa é o mais beneficiado;  teimam ainda em afirmar que o outro não merece seu perdão, criando dessa forma uma montanha de dor para si. O ressentimento é como um copo de veneno que você toma em doses diárias, na ilusão de que o seu ofensor é que vá morrer.
Quando se perdoa, você esta buscando leveza pra sua alma, sendo gentil consigo mesmo, liberando a dor, o fardo. Perdoar e esquecer são coisas diferentes; até lembrará o fato, mas não mais carregará os sentimentos negativos relacionados à este.
Conheci, no portal da família, por Lucia Pou Sabaté, esta lenda árabe:
Dois amigos viajavam pelo deserto. Num determinado ponto da viagem discutiram e um deu uma bofetada no outro. Este profundamente ofendido, sem dizer nada, escreveu na areia: "Hoje meu melhor amigo me deu uma bofetada no rosto." Continuaram o trajeto e avistaram um oásis. Mortos de sede, ambos correram e o que chegou primeiro, sem pensar, se atirou na água e em seguida começou a afogar. O outro amigo se atirou pra salvá-lo. E este, assim que melhorou, pegou uma faca e escreveu em uma pedra: "Hoje o meu melhor amigo salvou minha vida." Intrigado o amigo perguntou: "Porque depois de eu ter feito o mal, escrevestes na areia e agora escrevestes na pedra”?
Sorrindo respondeu-lhe: "Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever a ofensa na areia, porque o vento do esquecimento a levará para outro lado; quando nos faz algo notável, devemos gravá-lo na pedra do coração, onde nenhum vento do mundo poderá apagá-la".
Um erro que cometemos é pensar que o perdão surgirá espontaneamente em nós, simplesmente nascerá sem qualquer esforço; no entanto é uma decisão, uma escolha, e não um sentimento; independe do ofensor e de seus méritos.
Como cristãos, não podemos descuidar do que Jesus nos adverte: Para recebermos remissão e perdão será necessário fazermos o mesmo! Está escrito em Mateus 6: 12: "E perdoa-nos as nossas próprias dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”.  

Paz!

Imagem retirada de: thesecrettv.br


Ciúmes





Levantei o assunto "ciúmes" em uma roda de amigos, rendeu confissões, apelos... "tanto pano pra manga", que resolvi trazer aqui o tema.
Firmado na insegurança, desconfiança, ou até na inveja, vem repleto de sofrimento!
O psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Eduardo Ferreira Santos, há 18 anos investiga e desenvolve esse tema, busquei pinceladas de seu livro: “Ciúme, o lado amargo do amor.”
A palavra “ciúme” tem origem no latim "zulumen", que por sua vez vem do grego zelus; no original significaria zelo, cuidado; por isso se brinca: “Não é ciúme, mas excesso de zelo”, mas é claro que não se trata da mesma coisa. Zelar significa querer bem, cuidar do outro! Quando nos referimos a um ciúme excessivo e doentio, será que a pessoa ciumenta cuida bem do outro? É evidente que não! Lembrando que a base do ciúme é a suspeita, e que a raiva sempre aparece nessa situação... à medida que o ciume evolui pior ficará o tratamento.
O amor, na sua verdadeira acepção, é altruísta e o ciúme é egoísta.
Com o desenvolver da relação, criamos laços, sonhos, projetos em comum, daí surge o “nós”, (que é a soma de eu e você); isso sim traz o sentido do amor, e não uma relação simbiótica em que se dê a posse recíproca do casal, onde um passa a viver em função do outro em estreita dependência.
O ciumento possui baixa autoestima, e não consegue perceber seu real valor; julga-se alguém “traível” e “abandonável”.
Eduardo relata que em seus trabalhos sempre surge a pergunta: “Não é natural o ser humano sentir ciúmes pelo medo de perder a pessoa amada”? Sim, responde que é um medo normal, afinal sabemos que nenhuma relação é 100% segura; no entanto sugere que o caminho para aplacar essa ansiedade de perder, seria procurar melhorar a relação, alicerçá-la.
Cuidado para que, na ânsia de não perder o outro, você o sufoque, se anule ou seja falso; é impossível conservar uma relação afetiva não sendo autentico. Respeito e reconhecimento da individualidade são imprescindíveis.
Retornando na simbiose, o exagero da dependência não é saudável e deve ser evitada, mas não se deve cair no outro extremo, que é a busca impossível de autonomia absoluta. Posso ter plenamente desenvolvida as funções de ego, mas sempre será melhor viver ao lado de quem possa ampliar meu eu e juntos celebrarmos uma amistosa reciprocidade de admiração e respeito.

Concluo com a revelação e instrução maior sobre o amor: “Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.” 1 Coríntios 13:4 e 5

 Paz!

Imagem retirada de: bolsademulher.com