desapontamento x exultação


28.6.15



         Os dias são difíceis; perplexidades tem sido o prato principal.

Há tanto temos orado. O silêncio parece minar nossa fé. Deus se esqueceu de nós? 

Ouvi uma pregação sobre o apóstolo João quando foi visitado por Jesus na ilha de Patmos que reacendeu minha esperança. Não foram suas visões e revelações que me impactaram, apesar da magnitude dessas, mas a situação e o contexto que se encontrava.

A bíblia fala que ele era "o discípulo amado", que Jesus o tinha em especial apreço; participou e viu tudo: milagres, curas, estava nas pescarias restritas, nas multiplicações de pães e peixes, acompanhou sua morte e a ressurreição.

João tinha muito pra contar, vivências maravilhosas do poder e fazer de seu Senhor; então escreve algumas cartas com ensinamentos preciosos; mas a igreja é perseguida, seus amigos são mortos, apedrejados, decapitados, e ele, com uns 30 anos, é recolhido e levado pra o exílio; agora, afastado de tudo e de todos, não tinha mais com quem dividir o que viu e ouviu; experiências prodigiosas que esta terra jamais viveu! 

Seu pensamento com certeza voava, queria trazer à memória o que poderia lhe dar esperança, mas aquela situação infundada, absurda, ilógica, não combinava com o ministério que sonhou, poderia ser tão útil ao reino.        " Indiscutivelmente Jesus deslembrou de mim”.

60 anos de uma espera emudecida; já com 90 anos de idade Jesus lhe reaparece, olha em seus olhos e lhe diz: Sou eu, eu mesmo, o “teu amigo”, aquele que foi morto, mas vive, o Senhor da igreja. 
Escreve tudo que te mostrarei. Desse encontro surge o livro Apocalipse.

“Estar na ilha de Patmos pode significar que você está exilado, confinado e limitado em tudo; no entanto, a glória que aqueles olhos cansados viram, resplandece até hoje nas palavras de quem conheceu na ilha do desapontamento e solidão, uma liberdade que não podia se calar. O livro de Apocalipse é um grito de alegria, coragem e fé que ecoa da masmorra para a eternidade”. Sara Maria Vieira.

Que esse testemunho traga a exultação de que estamos gravados em sua memória, e de que seus planos e propósitos, conquanto tantas vezes incompreendidos, são perfeitos!

Paz!

Imagem retirada de: agrandecidade.com

Esperança


7.6.15


 Conflitos e dores, com ou sem causa, batem à nossa porta; às vezes até chegam juntos, e se já nos encontram enfraquecidos, parece que seremos sucumbidos!

Este texto me revigorou:

 “É fácil perder a esperança...

Uma doença com diagnóstico imprevisível ou prognóstico desanimador.

Lutas familiares sem fim. 

Coração deprimido e cansado, ansiando inconscientemente pela morte.

Homens e mulheres de Deus passaram por tais situações.

José foi jogado numa cova pelos irmãos, para morrer numa cisterna lúgubre.

Daniel foi arremessado impiedosamente na cova dos leões para ser dilacerado, seus amigos numa fornalha ardente.

Paulo afirma que chegou a desesperar da própria vida.

No entanto, Deus misteriosamente e invisivelmente penetrou nestes espaços e mudou as condições, usando instrumentos ordinários ou incomuns para fazer brotar a chama da vida.

Abraão, ao receber a promessa, “creu contra a esperança”, isto é, não teve nenhum elemento concreto no qual se apoiar, mas confiou.

É fácil perder a esperança nos fatos históricos, nas pessoas, na saúde.

Mas é possível resgatar a esperança quando se abre a janela da alma para o Deus que intervém, que vê, que age.

Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre”   Samuel Viera

"O Senhor olha dos céus; vê todos os filhos dos homens; do lugar da sua morada observa todos os moradores da terra... Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livra-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome, conservar lhes a vida.

Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo. Seja sobre nós Senhor, a tua misericórdia, como de ti esperamos". Salmo 33

          Paz!

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