Procura-se um amigo
bem me quer... mal me quer
Essa ciranda de confusões, suspeitas e incertezas: "bem me quer, mal me
quer" traz, além de uma desordem, relações frágeis, desgastadas e frias.
A questão é que se sairmos da
superficialidade, compreenderemos que todo relacionamento passa por crises, e
que nada é tão perfeito, vibrante, fácil!
Fases difíceis são verdadeiros desafios, não para ficarmos desnorteados ou
desiludidos, mas, focados no compromisso, buscarmos maturidade pra resisti-las. Esses
confrontos precisam servir, não só eliminarmos o parceiro que idealizamos, mas,
especialmente, olharmos internamente e desvendarmos nossos próprios embaraços!
Como uma dança se forma com passos
para frente e pra trás, assim são os envolvimentos, carregados de idas e
vindas, encantos e desapontamentos, atitudes defensivas e entregas. Uma
liberdade cheia de regras e limites.
Enfim, se conseguirmos entender nossa linguagem de afeto, gastaremos mais tempo
celebrando do que reivindicando ou lamentando, e mesmo com os percalços e
adaptações, conseguiremos fazer brotar um amor consistente, sem conta.
Paz!
Achadas ou Perdidas?
- Cheias de razão e pouco intuitivas.
Limites
Uma
amiga publicou essa foto com estes dizeres:
“Às
vezes o conflito transborda pelos olhos! Crescer é difícil mesmo filha... as
obrigações às vezes nos incomodam, mas saber que devemos fazê-las nos torna
valorosos. Te amo.”
Essa
história rendeu! Foram muitas as conversas consternadas pela situação:
_
Que dó, essa lágrima mata a gente! O que houve com essa pessoinha tão linda?
Então
a mãe, daquelas que ninguém pode botar defeito: amorosa, presente, sensível,
que ama seu papel e sabe curtir suas três crias, responde:
_Ter
que cumprir as obrigações: fazer a tarefa, ir à escola, guardar suas roupas...
Queria
multiplicar essa mãe, fazê-la em série e sair distribuindo por aí, rsrs, porque
infelizmente, e com tristeza, considero-a raridade! Os pais hoje não
querem frustrar, educar, colocar limites! .
Li
um artigo da jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum, considerei tão
oportuno, que decidi compartilhá-lo, não na íntegra pelo seu tamanho:
“Ao
conviver com os bem mais jovens, com os que se tornaram adultos há pouco e
também com os que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos
diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, a mais despreparada.
Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar
com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia,
despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em
viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da
vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que
nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da
dor.
Há
uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras
línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia.
Uma
geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a
ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o
mundo reconhecesse a sua genialidade.
Tenho
me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação
de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede.
Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando
isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos,
revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como
esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam
tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é
construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com
ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não
conseguiram dizer é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora:
viver é para os insistentes...
É
como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores.
Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível
uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte
do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o
esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém
que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição
humana como de suas capacidades individuais? Nossa classe média parece
desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já
nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar
duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor...
Da
mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço,
existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer... Pais
e filhos têm pago caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a
frustração um fracasso.
Talvez
aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”...
Possuem
muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a
dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações –
e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer...
Seria
muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa
escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira,
meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. ssim como
sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou
“Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas
estou tentando descobrir”; porque fingir que está tudo bem e que tudo pode,
significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o
trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência”.
Concluo
com a fala da especial mãe e educadora que inspirou essa reflexão: “Tenho o
dever de transformar as lágrimas dessa pequena em alegria e força”!
Paz!
Medidas Poderosas
Em uma roda com amigos, estávamos tentando descobrir qual das propostas de
trabalho, das várias que um deles recebeu, seria a mais promissora, a menos
estressante, a que não lhe roubaria tanto do convívio com esposa e filhos!
Estava
difícil, quanto mais falávamos, mais surgiam hipóteses e dúvidas; alguns dos
convites poderiam se administrados juntos... outros não.
Ele
é uma pessoa competente, sensível, abençoada. Em um determinado momento,
mencionou o discurso de Bryan Dyson, quando deixou o cargo de presidente da
Coca Cola:
“Parece
que a vida é como um malabarismo de cinco bolas: Trabalho, família, saúde,
amigos e vida espiritual... você precisar mantê-las sempre no ar.
Logo
você vai perceber que o trabalho é como uma bola de borracha. Se deixar cair
ela rebaterá e irá saltar de volta. Mas as outras quatro bolas: Família, saúde,
amigos e vida espiritual, são frágeis como vidro. Se você deixar cair,
irrevogavelmente serão lascadas ou mesmo quebradas. Nunca mais serão as mesmas.
Por
isso trabalhe de forma eficaz nas horas normais de trabalho, e nas demais, dê o
tempo necessário para o mais importante: sua família e os amigos. Cuide também de
você. Relacione-se com quem você gosta, exercite-se, coma e descanse adequadamente.
Acima de tudo cresça na vida espiritual, é a mais importante, porque é
eterna.
Tivemos
ali vários ensaios...
Quero acrescentar algumas medidas, não àquelas que tanto nos perseguem e maltratam,
rsrs, como as que dizem respeito a centímetros, circunferência
(cintura/quadril), mas a ações afirmativas: mudar de atitude,
posicionar-se.
Encontrei
esta escala de valores e fecho com ela:
1- Saúde é mais importante que bens.
2- Família é mais importante que conforto.
3- Presença é mais importante que presentes.
4- Preparo intelectual é mais importante que dinheiro imediato.
5- Reservas espirituais são mais importantes que financeiras.
6- Deus é mais importante que todas as coisas.
Que
essas prioridades ressoem em nós, nos tornando pessoas mais bem resolvidas.
Paz!
Imagem
retirada de: nadiacastro.com.br