No dia dos namorados o romantismo fica no ar: flores, juras de amor, músicas inspiradoras, presentes, disputas na reserva do jantar, roupa nova pra impressionar, e por aí vai!
Mas
esse é apenas um dia na folhinha, passageiro, fugaz! Inverso ao que temos visto
substancialmente nessa geração, que absolutamente não manifesta desejo ou
fascínio por entregar-se; ao contrário, demonstra desapego, descaso,
transitoriedade afetiva.
Partilho
o texto de Arnaldo Jabour sobre namorar, concordo quase na íntegra com sua argumentação:
“Na
hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os
braços, sorri e dispara: Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é
meu também.
No
entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados,
os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou
alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de
interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A
maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá,
infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo – beijar, namorar e não
ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os
ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema
no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a
mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc...
...Namorar
é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por
ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema
de mãos dadas... ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar,
uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar...
Somos
livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém; é
ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento”…
Quero
te entusiasmar a envolver-se, não apenas entreter-se. Desfrutar o amor,
saborear a liberdade da entrega, tocar e ser tocado com compromisso.
Que
venha uma nova onda de afetos únicos, verdadeiros; namoros honrados,
alicerçados na moldura do respeito e lealdade.
Ser
de alguém, pertencer, pode servir como ensaio, um preparo para esperados
compromissos futuros, amadurecidos!
Paz!
Imagem retirada de:
seducaoautomatica.com
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