Tenho
presenciado pessoas desavisadas que foram nocauteadas pela vida e encontram-se
esfaceladas. Como alguém que entra para jogar, e no primeiro instante investe todas as cartas, ou como um maestro que fracassa em sua exibição, pois além de
descuidar-se do tema, se fixou apenas em alguns instrumentos esquecendo-se da
força dos demais!
Imagem retirada de:
soniaishibashi.blogspot.com
Nos desabafos ouço arrependimentos
e tristezas dos que não conseguiram reconhecer, firmar e fundamentar seus
papéis, quer como: parceira(o), mãe, profissional, filha, irmã, amiga.
Investiram em um romance,
esqueceram a carreira; focadas na profissão, descuidaram dos afetos, priorizando os filhos, abandonaram o marido.
Despreparadas, precipitadas e sem
norte, (quem sabe em busca de compensação, alívio ou prazer), negligenciaram
suas valiosas e intransferíveis funções, ignorando suas famílias, lugar de
maior desafio, cuidado e zelo.
Aflitas, percebem em seus terrenos
aridez e profundas rachaduras. Imaginavam não precisar de mais nada... mas arrependidas,
parecem necessitar de tudo.
Quero mencionar o livro: ”Os cinco
principais arrependimentos daqueles que estão para morrer”, da enfermeira
Bronnie Ware, especialista em pacientes terminais:
1-Gostaria de ter tido
coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, não a que os outros esperavam!
Com a progressão da doença,
ocorre a necessidade de rever caminhos percorridos; sendo comum a descoberta de
que, em busca de amor e aceitação, escolhas foram focadas nos outros, não em
si.
2-Gostaria de não ter
trabalhado tanto!
Essa sensação não acontece
só com os doentes, é um dilema da vida moderna, e se agrava quando a pessoa não
gosta do que faz, ganha dinheiro, mas é
infeliz!
3-Gostaria de ter tido
coragem de expressar meus sentimentos!
Quanto mais próximos da
morte, caem as máscaras do medo, vergonha e constrangimento; se tornam mais
verdadeiros, dizem o quanto amam, pedem desculpas, querem se sentir amados.
4-Gostaria de ter mantido
contato com meus amigos!
Nem sempre se tem histórias
felizes com a família, mas com os amigos sim, são a família escolhida; ao lado
deles passamos pelas mais diversas situações, geralmente carregadas de
lealdade, cumplicidade e força... nesse momento querem, de alguma forma,
resgatar essa proximidade.
5-Gostaria de ter me deixado
ser mais feliz!
Que tal repensar e dar um novo rumo
à sua história?
Rever afetos, relações,
envolvimentos... Perdoar-se, solicitar perdão...
Promover encontros que, não só
proporcionam escutas verdadeiras, mas também verbalizam a importância do
outro;
Buscar não só o que foi perdido, mas
especialmente estar pronto para recomeçar!
Paz!
Que texto maravilhoso.
ResponderExcluirOi minha querida. Obrigada. Abraço.
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