Palpites


21.10.13


           Tenho presenciado quadros marcados por desilusões; alianças, papéis desfeitos... 
Os sentimentos são maltratados não só por desacordos, caprichos, excessos de razão, mas especialmente por desconhecerem os desejos e carências do outro.
Entristece-me a afirmação de Shakespeare: "Aprendi que amores eternos podem acabar em uma noite".

Assim, mesmo na imprecisão das palavras, decidi tecer aqui cuidados, talvez atalhos, para corações enternurados mas sem direção. Longe de serem regras ou manual, apenas um norte que me surge, resultado de uma intuição, somada a uma velha escuta.

Pela unanimidade e afinidade dos apelos, trago, como uma carta coletiva, os que me ocorrem, zelos que considero imprescindíveis... pode ser sua voz ao seu amado:

_ Seja meu amigo, a amizade é como a fragrância que perfuma os envolvimentos.

_Converse comigo, até as trivialidades; também, com atenção, ouça minhas queixas.

_ Seja sincero, nunca minta pra mim! Fraudes são perigosas; mesmo as verdades mais duras, precisam ter livre acesso.

_ A fidelidade que seja sem medida! Quebras na confiança trazem prejuízos, às vezes, irreparáveis.

_ Nossos conflitos, desavenças, precisam ser tratados... tente não perder a calma.

_ Confesse, reconheça seus erros, deslizes, e saiba pedir desculpas; também nas minhas declarações de culpa, perdoe e mude a página.

_ Conto com sua gentileza, cavalheirismo... os considero essenciais.              

_ Mesmo descapitalizado, sem datas ou agendas, não esqueça de trazer um agrado, pode ser um chocolate ou aquela fruta. Expressões de afeto sempre serão lembradas.

_ Seja presente, mas saiba se ausentar... dando lugar à emoção do reencontro.

_ Não esqueça que elogios, de qualquer ordem, são importantíssimos!

_ Curta e se encante com minhas formas... leve-me a saber disso. Lembre-se que: o toque e o carinho além das cobertas, tem poderes, desvarios arrebatadores.

_ Seja sensível à minha insegurança relacionada ao medo de te perder; convença-me de que é infundada, e ficarei liberta.

_ Me abrigue em seus braços, eles tranquilizam, protegem, cicatrizam feridas.

_ Conte-me seus segredos; serei seduzida não só por estar na sua intimidade, ser sua cúmplice, mas também pela aproximação deliciosa quando fala ao meu ouvido.

_ Na balada, me pegue pela cintura, não queira trocar pernas ou passos com outra; segura, inebriada, farei seus desejos.

Torço pra que esses palpites sirvam de inspiração... e que se multipliquem os relacionamentos confiantes, cheios de contentamento.


            Paz!

Imagem retirada de: mulherterra.com.br






5 comentários:

  1. Concordo com tudo que você disse e acho, também, que as pessoas estão precisando tolerar mais umas às outras. Quando meu marido e eu completamos 30 anos de casados, muitas pessoas se espantaram! Mas é plenamente possível. Primeiro, ter Deus como o centro do lar. Depois, compreensão. O resto é consequência!!! Beijos querida amiga!!

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    1. Grande verdade Regina!
      Qdo temos um compromisso legítimo com Deus, temos um olhar diferente pro outro. Bj

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  2. Adorei seus palpites!

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    1. Que bom; ffui palpiteira, sem querer querendo, rsrs. Abraço

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  3. Adorei seus palpites!

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